segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Ceia de Natal


Que tal garantir uma Ceia de Natal deliciosa e saudável?
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 Temos opções veganas, nossos pratos não contém lactose e são feitos com muito, muito amor!♡
Aguardamos sua encomenda até dia 18 de dezembro!


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Você também pode nos acompanhar nas redes sociais:
@sementedobemaju


Até breve!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Comida ou poesia?


Insônia tem dessas...
Prometi há meses falar sobre isso e somente hoje foi possível.

Quando olho essa foto me encho de gratidão.
Comida é amor, carinho, dedicação, zelo, cuidado...
Comida é arte, cultura, amor pela terra, por quem os planta, pelos alimentos, pela energia que depositamos neles.

Esse prato é muito, mas muito especial.

Cultivamos alguns alimentos em nossa casa e em nossa empresa, Semente do Bem (por isso ando tão sumida daqui, mas conto em outro post). 
Já tínhamos tentado plantar vários tipos de abóboras mas não vingavam. Com ajuda técnica do meu amigo Negão (Cantinho da Roça) e de São Pedro algumas foram crescendo porém apenas uma completou seu ciclo.

Essa linda abóbora foi cultivada aqui em nosso quintal e colhida por nós.


Muita expectativa e um tantinho de medo de abrir essa coisa linda, já pensando em como aproveitá-la. 
O universo é tão conspirador que nesse meio tempo ganhamos da nossa amiga Ângela uma maquininha de fazer nhoque, daí ficou super fácil saber como íamos aproveitar nossa linda abóbora. <3



Sementes torradas, viraram deliciosos snacks.
As cascas foram pro minhocário (mas poderiam ter sido comidas também).
Tomates do quintal da Semente do Bem plantados pelo Negão, confitados com ervinhas também cultivadas por nós.
Capuchinhas lindas e deliciosas cultivadas por Eduardo Lancelote aqui em Sergipe (que cultiva inúmeras espécies).
Nhoque mais que especial feito da nossa linda abóbora que foi cuidada com muito carinho por toda família...
Ah, quanta gratidão a todos!!!!!


Segue receitinha prometida!

Pra cada meio quilo de abobora cozida, um ovo e aproximadamente 1 xícara e meia de farinha de trigo.
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto
Noz moscada a gosto

Mistura tudo.
Faz tirinhas com a massa, corta e coloca em um recipiente untado com farinha (pra quem não tiver a maquininha que corta).
Coloca água pra ferver, coloca sal e testa uma bolinha antes de continuar.

Deu certo? Vai colocando as bolinhas e quando subirem estarão prontas!
Quando terminar de cozinhar todas, sirva com seu molho favorito.

Como opção, alguns comeram o nhoque acompanhado de um delicioso guisado de carnes (estávamos testando essa receita pra empresa, super aprovada).


Super dica que esqueci de passar pro meu pai no dia que fiz. Ele acompanhou todo o processo e fez no dia seguinte em casa.

É necessário deixar a abóbora esfriar antes de colocar a farinha de trigo!

Foi mal, papis. Precisa fazer de novo!!!!

terça-feira, 7 de junho de 2016

O desafio da melhor Pizza- por Fernando Gonçalves

Acho que já comentei por aqui que o pizzaiolo oficial lá de casa é meu marido. Outro dia, João e eu quisemos fazer uma surpresa e reproduzimos a massa da Pizza dupla do sOgro, substituindo parte da farinha branca por integral. Ficou divina. João e eu ficamos orgulhosos do resultado e o papai adorou.
Postei novamente o link do blog com a receita e o Fernando, filho do sOgro, afirmou que a pizza dele é melhor que a do pai.
Sendo assim, ele enviou o passo a passo da pizza dele.

Que tal testar uma e outra e dar sua opinião nos comentários?

Foto: Fernando Gonçalves

Massa:
500g de farinha de trigo (de preferência, farinha 00);
300ml de água gelada (de preferência água mineral);
1 colher de sopa de açúcar;
1 colher de chá de sal;
20g (1 sachê) de fermento biológico seco;
E mais +/- 100g de farinha, que não serão misturados à massa.

Em uma vasilha, misture a farinha e o sal. Em outra, a água, o fermento e o açúcar. É muito importante fazer duas misturas separadas, para que o fermento possa reagir em contato com o açúcar, e sem a interferência do sal. Quando o fermento começar a agir (isso pode ser percebido pela formação de bolhas na superfície), junte as duas misturas e bata incessantemente, até que a massa fique em ponto de soltar das mãos. 
OBS.: À primeira vista, pode parecer que a proporção está errada. Existem muitas variáveis que influenciam na consistência da massa (a temperatura ambiente, por exemplo). Pode bater tranquilamente, que, depois de um tempo, ela se tornará uma mistura homogênea.
Deixe a massa descansar na geladeira por no mínimo 3 a 4 horas (quanto mais tempo melhor, desde que dentro da geladeira), para que o fermento entre em ação e a massa dobre de tamanho. 
Divida a massa em 4 partes iguais, e estique-as com a ajuda de um rolo, usando a farinha extra para não deixá-la grudar nem no rolo, nem na superfície utilizada.

Molho:

O grande segredo da pizza não está na massa, e sim no molho e na cobertura, por isso, é muito importante utilizar ingredientes de primeira linha para se obter o melhor dos sabores.
400g (1 lata) de Tomates Pelados (na falta, podem ser utilizados tomates crus);
4 dentes de alho;
3g (1 sachê) de orégano;
1 colher de chá de sal;
1 colher de chá de azeite extravirgem;
1 pitada de pimenta do reino (pode ser utilizada qualquer outra pimenta de preferência);
Algumas gotas de molho inglês.

Bata no liquidificador, até misturar tudo. Depois espalhe quantidade suficiente para cobrir a massa, sem encharcá-la. É muito importante não exagerar na quantidade de molho, ou corre-se o risco de a massa ficar solada. Da mesma forma, o ideal é espalhar o molho somente na hora de botar os outros ingredientes e levar a pizza ao forno. Se o molho for posto com antecedência, a massa vai absorvê-lo, e não ficará crocante.
Cubra com queijo mozzarela e com o que mais desejar.
Como sugestão, as minhas preferidas são:

- 3 Queijos (mozzarela, gorgonzola e requeijão tipo Catupiry) – a mozzarela serve como base, o requeijão dá a cremosidade e o gorgonzola dá o toque especial de sabor;


- Verde (alho picado, salsa e cebolinha também picadas, a gosto) – essa não é muito comum, e é um sucesso todas as vezes que eu faço);
- Tomate Seco com Alicci – o tomate seco puxa o sabor para o doce e o alicci para o salgado. Gosto dessa para ser uma das últimas (de preferência a última), por ter o sabor bem acentuado.

Participe e vote na melhor pizza. 
Aguardo seu voto nos comentários.
Obrigada

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Feira Livre - Cultura e Arte

Em meio ao mundo tão tecnológico e automatizado que vivemos, esses espaços de sociabilidade se fortalecem e nos trazem de volta às relações mais humanas e mais pessoais. 
Nas feiras, local onde se ampliam as redes de relações sociais, locais de trabalho intenso e pouca ou nenhuma tecnologia, desenvolvem-se as mais diversas relações cooperativas.

Nela, além da compra de produtos, você consegue imergir no cotidiano das pessoas, trocar receitas, dicas, conhecer novos produtos, novas formas de preparo. A relação direta que se estabelece com quem produz e comercializa os produtos é extremamente enriquecedora.

Alguns têm na feira uma profissão fixa, outros a têm como bico e há ainda aqueles que começam a vender nas feiras por algum imprevisto (por exemplo, desemprego) e vão ficando, ficando... 
Alguns sobrevivem da venda de produtos, outros guardam o carro, carregam as compras, reciclam os materiais descartados, recolhem as sobras. Nessa reunião de necessidades se desenvolvem parcerias e muita diversão.

Ponto de encontro certo entre fregueses e feirantes.

Sempre gostei desse contato com as pessoas, com os alimentos e faz parte da minha infância a lembrança do meu pai e seu tradicional caldo de cana com pastel e suas longas conversas com os feirantes. 
A feira sempre foi um local de compras e conversas, onde a economia local e a “gente” local se desenvolve, se conhece. Eles oferecem um atendimento personalizado e cuidadoso que alguns supermercados tentam copiar como forma de fidelizar seus clientes.

Nas cidades menores esse cenário está mais presente no cotidiano das pessoas apesar de existirem nas grandes cidades centenas de feiras, muitas agroecológicas e orgânicas.
Quando as feiras livres se desenvolvem com bases agroecológicas, carregam ainda mais o desejo de melhor se alimentar e contribuir para o desenvolvimento daqueles que nos fornecem tantas opções.

Espaço público de trocas, aprendizagem, saberes, cultura, alimentos frescos, opções variadas, vida!

Em nossa viagem à Unaí – MG, não poderíamos
 deixar de visitar a feira local que
acontece todos os sábados e conhecer parte 
dos alimentos e seus modos de preparo.


Guariroba - Palmito de sabor amargo bastante consumido na região.

Trouxemos ele quase limpo pra facilitar no momento do preparo. Dessa forma, dura cerca de 8 dias e segundo uma freguesa que estava na barraca, deve ser descascado sobre água corrente pra não escurecer e cozido por cerca de 30  minutos na pressão com pouca água pra não estragar. Quando perguntei se as fervuras consecutivas retiravam o amargor, ela pulou dizendo: Tirar, tira mas aí perde a graça.

Queijos dos mais diversos. 
Frescos, tranças, curados, defumados...


Muitas compotas, doces de todos os tipos. 
Doce de leite em barra, cremoso, uma loucura.

Encontramos pequi (fruto do Cerrado) congelado, em conserva, em forma de óleo, além de conservas de bambu, muitos legumes e vegetais.


Melaço (ou melado), rapadura


Carne de porco conservada na própria gordura, além de pastel e caldo de cana, claro!

Curiosidade: a mistura de carnes é bastante comum nos recheios. Encontramos alguns salgados recheados com frango e linguiça, por exemplo.
Aliás, linguiça e pimenta são outras especialidades locais. 
E a lista não pára...



Referências:
Processos cotidianos de organização do trabalho na feira livre
A importância das feiras livres ecológicas: um espaço de trocas e saberes da economia local.