sábado, 5 de dezembro de 2015

Sendo convencional: Bolo da vida



Há alguns anos recebi de uma amiga um delicado e lindo presente.
Nunca tinha ouvido falar nele e fiquei encantada não só com o que recebia em mãos mas com o significado que ele carregava.

E ela foi me explicando que cada ingrediente daquele belo bolinho tinha um significado, uma virtude, e que a tradição era que a cada ingrediente acrescido, fosse mentalizada e sentida a virtude correspondente por quem o preparava como um presente para aquele que receberia.

Divino!

A cozinha tem muito disso.
No alimento que preparamos adicionamos sempre um pouco de nós. Não há nada mais belo que alimentar o outro e a si mesmo de Luz!

Desejo que só sentimentos elevados estejam em nossas "receitas" e que eles sejam levados não só a nossa família e amigos mas a todos que nos cercam.

Fato é que esse bolinho ficou marcado no meu coração e quando minha sogra pediu para que eu preparasse algo para ela e umas amigas, pensei logo nele.
 
Coincidência, para aqueles que acreditam nisso, o bolo seria compartilhado com um grupo de estudos antroposóficos cujo tema principal eram virtudes. :)
Só fiquei sabendo disso depois de já ter preparado o bolo da vida, cheio dos mais diversos sentimentos.

Obrigada querida Adriana Hagenbeck por ter me apresentado essa deliciosa receita.

Nota:
O convencional do título tem duas explicações.
Uma delas tem a ver com o sentimento que invade as pessoas a cada final de ano (que um dia, com fé em Deus, nos povoará durante todos os dias); o outro tem a ver com o uso de manteiga, leite, açúcar, um monte de ovos... minhas receitas são muito mais simples e com outros insumos considerados por muitos como não convencionais.


Receita também disponível no site:
http://gshow.globo.com/receitas/maisvoce/bolo-da-vida-4d505fae52e0b252bc00035c

domingo, 26 de julho de 2015

Risoto de Baião ou Baião de Risoto?



Fiz uma rápida incursão à feira na última sexta com uma amiga só pra pegar uma informação. Resultado, duas sacolas cheias de alimentos lindos e orgânicos voltaram comigo pra casa.

Lá na feira já íamos conversando sobre as preparações em que eles seriam estrelas.

Já mencionei aqui algumas vezes que adoro Baião, adoro Risoto, amo arroz! E como sou eu quem cozinha mais aqui em casa, todos o amam da mesma forma.

A ideia inicial era um baião vegetariano. Só isso. Queria aproveitar uns leguminhos que cortei outro dia pra fazer um ensopado com cevadinha. Quando comecei a separar os ingredientes, cadê o arroz??????? Tinha acabado e ninguém percebeu (isso mostra que não sou a única a fazer comida aqui em casa, rsrsrsrs). E agora?

Arroz arbóreo sempre tem porque ninguém cozinha um quilo de risoto em casa então ele sempre sobra (ainda bem).

Tenho as duas receitas aqui já publicadas e vale dar uma espiada nelas (Risoto e Baião). Vou descrever aqui o que fiz nessa tarde de domingo e podem aproveitar o melhor de todas.

Depois da falta de arroz, os legumes viraram um caldo conforme descrevo abaixo.

As medidas são aproximadas. Ouse colocar mais ou menos de acordo com suas preferências.

Para o caldo:

Cenoura (01 pequena)

Batata (02 pequenas)

Chuchu (1/2 pequeno)

Alho (3 dentes)

Louro (3 folhas pequenas)

Talos de salsinha (1 mole)

Folhas de salsinha (adoro, então coloquei o que tinha, 1/3 do mole)

Folha de alho poró (01 grande)

Água filtrada (o suficiente para cobrir os legumes)

Sal a gosto

Pimenta do reino moída a gosto

Dourar o alho na panela e colocar os legumes picados (não se preocupe com a forma, serão processados). Cobrir com água, conforme descrito e colocar pra ferver. Colocar o louro, os talos e a folha de alho poró. Reduzir o fogo e deixar até que os legumes estejam macios. Usei o mixer para transformá-los em um caldo e acrescentei a salsa no momento de processar. Volte a panela ao fogo baixo e deixe reduzir. Colocar sal e pimenta a gosto.

Para o restante do prato:

Feijão de corda (01 mole – aproximadamente 300g debulhado)

Arroz arbóreo (01 xícara)

Cebolas pequeninas cortadas em quadradinhos (usei 4 daquelas roxinhas adocicadas, você compra o mole a R$ 1,50 na feira orgânica). Pode usar uma cebola pequena comum.

Alho (04 dentes)

Quinoa hidratada (usei ¼ de xícara)

Pimentão cortado em quadradinhos (1/2 pequeno)

100g queijo coalho em quadrados médios

Alho poró em rodelinhas refogado no azeite (1/2 grande)

03 ovos cozidos

Louro a gosto

Sal e Pimenta a gosto

Azeite a gosto

Debulhamos o mole de feijão de corda Márcio, João e eu. Excelente programa família, rsrsrs. Sempre compro fora da vagem mas fiquei seduzida por eles


Colocar os feijões pra cozinhar em uma panela com água, sal e umas folhas de louro sem que cozinhem muito. Quando ele está bom a água fica meio marrom. Experimente vez ou outra pra encontrar o ponto que mais lhe agrada. Quando estiverem al dente, reserve e mantenha a água fervendo em fogo brando pra usar no risoto.

Em uma panela colocar a cebola e o alho espremido e dourar levemente. Acrescentar a quinoa escorrida e o arroz, refogar e ir regando com a água do feijão e mexendo. Sempre mantenha a panela com caldo, não deixe secar. Acrescentei duas conchas médias do caldo de legumes. Repetir o processo até que o arroz esteja al dente (ou ao seu gosto). Nesse momento a panela deve ter um caldo grosso. Colocar o pimentão e o feijão e mexer. Fechar a panela e acrescentar o queijo, mexendo para que ele fique por baixo de tudo.

João não consome produtos lácteos então foram duas panelas que se distinguiram apenas no momento de acrescentar o queijo.
Servir com coentro, ovo cozido e o alho poró refogado.

Rendimento: 04 porções.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Encomendas para o Dia dos Namorados

Já tem planos pro dia dos namorados?

Elaboramos um cardápio pra atender em domicílio!

Aguardaremos seu pedido até dia 09 de junho! Até lá!

sábado, 16 de maio de 2015

Ainda na véspera


Depois de um dia cansativo, correria, compra compra de encomendas (queijo coalho, carne de Sol, castanhas variadas, beijus, ...), aula, ufa!
Depois de quase quebrar os dedos tentando fechar a mala, os sogros nos aguardam com esses afagos! ❤❤❤


Preciso dizer que estavam deliciosas?
Acho que não!

Comendo nas férias

Como estamos saindo de férias pelos próximos 15 dias vou propor uma nova forma de comunicar a comida aqui no blog.

Bacalhau empanado no forno com legumes e alho feito pela sogrinha.

Vou fotografar todas as refeições e lanches mais especiais que fizermos nesse período e algumas curiosidades que com certeza surgirão.

E se rolar algum "faça você mesmo" também será registrado, com certeza!

Aposto que será uma delícia!

Até a volta!

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Hambúrguer caseiro de forno

Fiquei super afim de comer hambúrguer esses dias.
A gente fica vendo tanta foto de comida que não dá pra passar batido...

Estamos nos preparando pra viajar então a geladeira está com os alimentos que planejei pro cardápio da semana e para algumas marmitinhas que levaremos congeladas pro João.

Como a carne está super cara, procurei no mercado uma opção de segunda mais em conta e comprei Acém pensando em fazer carne moída no processador para acompanhar um espaguete.
Atendendo ao meu desejo "hamburguesco", desviei metade dela para o intento. 


Vou descrever o processo na ordem em que foram feitos pois facilita a execução da tarefa!

Seguem os ingredientes para o pão e o hambúrguer. Usei molho de tomate caseiro (pode usar o da sua preferência) e se puder/quiser, pode colocar uma fatia de queijo também.

Pão:
01 xícara de farinha de trigo integral
01 xícara e meia de farinha de trigo
01 colher de chá de sal
01 colher e meia de chá de açúcar demerara
03 colheres de sopa de azeite
1/2 cenora ralada
Misturar todos os ingredientes e adicionar:
10g de fermento biológico diluídos em 1/2 xícara de água morna

Sovar até que a massa desgrude dos dedos, aproximadamente 10 minutos. Se achar necessário, coloque mais farinha de trigo. 
Descansar por 30 minutos.

Enquanto isso, no processador:
500g de Acém, dois ramos de orégano fresco, 1/3 do mole de salsa, 3 dentes de alho e pimenta do reino. Processar tudo até que esteja na consistência desejada. Moldar os hambúrgueres.

Bolear a massa do tamanho desejado do pão e deixar descansar mais uns 20 minutos.
Grelhei os hambúrgueres na frigideira com um fio de azeite, sal e pimenta do reino moída à gosto.
Nessa etapa, tome cuidado pra carne não assar demais, ainda vai ao forno.

Diferente da foto, comece primeiro com o molho. Fica melhor pra fechar.

Quando esfriaram, abri cada bolinha, coloquei molho de tomate caseiro, hambúrguer e fechei. Em seguida passei no gergelim.


Levar ao forno pré aquecido por cerca de 15 minutos e eles estarão prontos pro lanche!

Rendimento da carne: 14 hambúrgueres
Rendimento de 2/3 da massa: 14 pães.


domingo, 19 de abril de 2015

Nuggets de frango caseiro empanados na tapioca

Não sei como vivi até hoje sem um processador!
Estamos naquele período gostoso do início do namoro! <3
A primeira experiência nele foram esses deliciosos, deliciosos mesmo, nuggets de frango.
 
Comprei uma espécie de farelo de tapioca ou de beiju seco (dependendo de onde você esteja, a denominação é distinta).
 
 
A intenção para o uso do beiju não era essa e sim fazer um bolinho de estudante que comi em Diogo - SE, maravilhosamente preparado por uma simpática senhora que nos recebia com inúmeras delícias todas as manhãs (isso virá em outro post, rsrsrs).
Pois bem, exagerada que sou, comprei muito e logo depois de processar meu invento (nuggets) lembrei deles e esfarelei bem com a mão mesmo (pessoa não habituada com o processador que faz isso tudo) e empanei meus bolinhos dourados nela.
 
 
Preferi fazer os nuggets usando coxas e sobrecoxas. Certo, dá mais trabalho que comprar os filés mas fica a critério de cada um. Essa parte do frango é mais nutritiva que os filés, possui mais ferro e zinco. Os ossos que ainda estavam guarnecidos de carne, ficaram armazenados em um saquinho de congelar e darão um belo caldo.
Como também não ia fazer os nuggets (foi um improviso inaugural), já tinha descongelado o frango e deixado na geladeira com vinagre, sal e pimenta.
 
Vamos à receita.
 
No processador:
Frango desossado de 04 coxas e sobrecoxas, previamente temperado, conforme descrito acima
Salsa fresca a gosto (e gosto bastante)
Alecrim fresco
Orégano fresco
Tomilho fresco
Cebolinha
Açafrão a gosto
3 dentes de alho
02 colheres de farinha de trigo integral
02 colheres de azeite (usei a sobra de um tomate seco caseiro que faço e sempre reservo o azeite extra virgem cheio de sabor e alho)
02 cebolas pequenas
01 ovo
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto
 
Preparo:
Processar tudo por uns 3 minutos até que todos os ingredientes estejam como uma pasta.
Com o auxílio de duas colheres fazer o formato desejado e colocar na farinha de tapioca seca.
Dispus todos em um tabuleiro antiaderente e ficaram em forno pré aquecido a 180ºC por 15 minutos de um lado e 10 minutos de outro. Eles ficam meio dourados.
Meu marido preferiu fritar os dele.
Os meus assados ficaram melhores!
 
Pra acompanhar, salada simples de folhas e tomate e uma seleta surrupiada do Joao de alho poró, cenoura e ervilhas.
 
 

sábado, 21 de março de 2015

Bolo de maçã e canela com gostinho de vó

 
Estávamos brincando com o João no quarto dele e sempre que chegamos "do nosso dia" ceiamos juntos e depois brincamos.
Roubando a frase da minha amiga Mônica Branco, infelizmente, por enquanto, não me resta muito tempo para "nutrir" os blogs mas estou chegando lá!
 
Num dias desses, catei umas revistas veganas recém chegadas e fiquei folheando enquanto João e Márcio brincavam montando uma cidade. Coisa do destino. Me encantei com o lindo bolo de maçãs com canela.
 
Já mencionei inúmeras vezes minha "necessidade" em produzir bolos. Com esse não foi diferente. A medida que fui lendo percebi que tudo que era necessário para o bolo estava lá na cozinha. :)
 
Nem preciso terminar...
 
Assim que o João dormiu, continuamos o papo no coração da casa, meu marido e eu, e sem que ele percebesse essa maravilha estava pronta e o cheirinho que invadia a casa inteira era aconchegante.
Assim que mordi lembrei das comidinhas da minha avó Edina que sempre foi uma grande inspiração pra mim não só na cozinha mas na vida.
Me empolguei tanto comendo os bolinhos que nem pensei em fazer um chá. Recomendo que façam antes porque ele será um excelente companheiro nesse momento.
 
 
O bacana nessa receita é que ela aproveita a maçã integralmente. As cascas também são usadas. Sem desperdício.
O que mudei: ao invés de colocar 2 xícaras de farinha integral, coloquei 1 e 1/2 e 1/2 de farinha comum. Não tinha passas nem amêndoas mas sempre tenho castanhas de caju, então foi ela que usei. Já comprei as passas. Tinha comprado amêndoas mas usei fazendo leite e biscoitos.
Sempre que uso alguma noz nos bolos torro um pouco antes. Faz toda diferença no produto final.
 
 
 
Amanhã vou ao Mercado Central de Aracaju pra comprar novamente as amêndoas e castanha do Pará que serão adicionadas na próxima fornada.
Espero que gostem tanto quanto eu!
 
Rendimento: 12 bolinhos médios.
Tempo no forno: 25 minutos.
Fonte: Delícias para sua festa vegetariana, biblioteca Vegetarianos.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Salada verde com ovos e aspargos

Nos últimos dias, minha amiga Andréia estava arrasando na produção de saladas para o almoço.
Todo dia postava uma mais linda que a outra e me inspirou a fazer uma também.
 
Estava querendo muito reproduzir uma salada que comemos durante uma viagem em um delicioso restaurante vegetariano (que também servia opções não vegetarianas e que infelizmente, não me recordo o nome), a salada levava boa parte dos ingredientes abaixo:

 
 Ingredientes:
Alface
Agrião
01 Cenoura crua passada no ralador em filetes grandes
Aspargos frescos salteados na frigideira com azeite, sal e pimenta do reino moída
Presunto de Parma
Ovos cozidos
Gergelim
Molho de mostarda e mel
 
Modo de Preparo:
Enquanto as folhas higienizam no hipoclorito você pode descascar a cenoura, ralar e colocar na vasilha onde ficarão as folhas logo após a higienização.
 
 
Gosto dos ovos cozidos mais moles, com aquela geminha não totalmente cozida,. Para esse ponto, marque 6 minutos após início da fervura, desligue e ponha os ovos em um recipiente com água fria para cessar o cozimento.*
Já os delicados aspargos devem ter sua parte superior preservada e de leve, deve-se retirar uma fina camada do restante. Leve ao fogo por uns 4 minutos com um fio de azeite, sal e pimenta a gosto. 
Nem sei se posso chamar de molho, ficou mais parecendo um creme de mostarda. Tínhamos mostarda de Dijon e foi ela que usei mas geralmente faço com outras que tem um ponto mais líquido.
Repeti o molho outro dia pra contar em colheres quanto levava de cada ingrediente com o ponto que julgava mais bacana. Resultado: 18 colheres de sopa de azeite, 02 colheres de sopa de mostarda de Dijon e 02 colheres de chá de mel, sal e pimenta a gosto. Adicione os ingredientes pouco a pouco e vá misturando até que se forme um creme homogêneo. Rendeu muito. Para a quantidade dessa salada (4 porções) pode ser feita a metade da receita do molho. 
 
É chegada a hora de comer!
 
 
Montamos no prato, as folhas e a cenoura com o restante dos ingredientes, salpiquei com gergelim (antes do meu marido preferir sem), decorei com presunto de Parma e coloquei o molho de mostarda.
 
Ficou uma delícia.
Rendeu até uma saborosa marmita para o dia seguinte.
 
 
 
*Dica do livro: Receitas com ovos de Michel Roux.