No Livro da Cozinha Clássica, Sílvio Lancellotti revela, entre algumas das receitas mais famosas da história, que um prato bastante conhecido e apreciado por nós, o strogonoff, deveria se chamar na verdade, Filé Stroganov.
Ainda segundo o livro, não há referências precisas. A expressão viria de um verbo russo, strogat, que significa cortar em pedacinhos. O autor cita também uma provável história datada do século 16 e 17 onde soldados defensores da Carélia, Rússia, nas fronteiras da Finlândia, carregavam suas carnes em grandes barris, preservados com sal e aguardente. Quando sentiam fome, cozinhavam a carne com cebola e creme azedo em gordura bem forte. Segundo o Larousse, um cozinheiro de Pedro, o Grande (1672 – 1725), indicado ao czar por um nobre general de sobrenome Stroganov, refinou a alquimia com ingredientes ocidentais. O prato Stroganov era bastante apreciado pela aristocracia em Moscou. No final de 1800, um parisiense chamado Thierry Costet adicionou ingredientes ainda mais refinados à receita como cogumelos, mostarda, páprica e picles de pepino. Depois da insurreição comunista em Paris ocorrida em 1917, os aristocratas afugentados pelo Bolchevismo (Revolução Russa de cunho político) sagraram esse delicioso prato na França.
O Brasil recebeu a receita dos europeus, já com a versão francesa. Conheço algumas mas, cada um dá seu toque ao prato e inclui ou substitui uma série de ingredientes da receita principal afim de conceber a versão que mais lhe apraz.
O prato que vamos apreciar é uma versão vegetariana feita pela Nathália, que nos visitou com nosso amigo Bruno no último carnaval.
Ingredientes
250g de proteína de soja média
01litro de água
01 cebola média cortada em brunoise
230g de queijo provolone em cubos pequenos
100g de champignon
02 dentes de alho cortados em brunoise
60 ml de molho shoyo
400ml de molho de tomates
400ml de creme de leite
Sal a gosto
Azeite a gosto
Orégano e pimenta calabresa à gosto
Modo de Preparo
Aquecer a água em uma panela grande. Quando ferver, retirá-la do fogo e colocar a proteína de soja por cerca de 25 minutos para que a mesma hidrate e amoleça.
Depois desse tempo, escorrer a proteína, retirando o excesso de água, pressionando-a. Reservar.
Se achar que a soja cresceu muito, ela pode ser cortada pela metade (a Nathália cortou).
Suar o alho e a cebola no azeite. Acrescentar a soja sem o excesso de água para que ela possa absorver os temperos. Refogá-la com sal, shoyo, azeite e orégano. Em seguida, acrescentar o champignon e o molho de tomates e manter em fogo baixo.
Quando ferver, adicionar o provolone e manter a panela fechada por cerca de 10 minutos para que o queijo derreta.
Retirar do fogo, acrescentar o creme de leite e servir.
Para acompanhar, arroz branco e batatinhas assadas no forno salpicadas com cebolinhas, feitas pela minha sogra, a Márcia.
Todo mundo reunido, aguardando o jantar.
Em destaque na foto, a responsável por essa refeição deliciosa,
a Nathália (direita).
Obrigada pela visita, amigos.
Voltem sempre que puderem!
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